Manifestantes botaram fogo em dois veículos da PM na capital fluminense. Já, na capital paulista, black blocs entraram em confronto e 56 pessoas acabaram detidas
As manifestações organizadas por educadores e estudantes no
Rio de Janeiro e em São Paulo terminaram de forma parecida na noite
desta terça-feira (15), dia dos professores. Nos dois casos, houve
confronto seguido de quebra-quebra. Isso porque os atos prosseguiram sem
confusão durante boa parte do tempo, mas houve ataques tanto na capital
paulista quanto na fluminense, o que deixou um cenário de destruição do
fim da noite. Até o momento, 56 pessoas foram detidas em São Paulo. No
Rio de Janeiro, não há informações oficiais sobre número de presos pela
polícia.
Em São Paulo, um grupo de cerca de mil pessoas protestou
“contra a política educacional” do governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, e em apoio aos professores grevistas cariocas. O ato começou
por volta das 18h no Largo da Batata, zona oeste, e contou,
principalmente, com a participação de estudantes da Universidade de São
Paulo (USP). O objetivo era seguir para o Palácio dos Bandeirantes, na
zona sul da cidade, onde tinha intenção de serem recebidos pelo
governador para exigir, entre outras reivindicações, a eleição direta
para reitor da USP.
Mas, quando o grupo caminhava pela Marginal Pinheiros,
sentido zona sul, houve confronto com a polícia. Tudo começou quando
alguns black blocs tentaram pixar um muro na via e foram reprimidos pela
Polícia Militar. Eles revidaram com rojões e a PM usou bombas de gás
lacrimogênio. Na confusão, alguns manifestantes entraram em uma loja de
móveis da região, que acabou cercada.
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Manifestação pacífica em Belo Horizonte complica trânsito no centro
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Ao tentarem escapar por umas das saídas do
estabelecimento, alguns estudantes foram detidos. Outros manifestantes
tentaram se reunir na rua MMDC, mas a Tropa de Choque foi acionada e
avançou contra eles. Por conta disso, os ativistas deixaram um rastro de
destruição nas proximidades da estação Butantã do metrô, na linha
4-Amarela. Carros do Consórcio Via Amarela, agências bancárias e ônibus
foram depredadas. Os manifestantes acabaram, então, se dispersando.
Parte das 56 pessoas detidas no ato foram levadas para o 14º DP, em
Pinheiros, enquanto o restante ficou no 89ºDP, no Morumbi.