Dia do combate à Aids: 30 anos depois, preconceito ainda é
maior aliado do vírus HIV
‘Muitos morrem sem saber que têm a doença. Têm medo de fazer o teste, de perder família,amigos,emprego’,diz especialista
RIO - “O preço do pecado é a morte”. O estudante Max Goudar, de 24 anos, não conseguia acreditar na frase que ouviu, quando soube que era portador do HIV e cobrou explicações do namorado, com quem crê ter se contaminado. Evangélico praticante, sentiu ainda mais o peso da sentença condenatória.
‘Muitos morrem sem saber que têm a doença. Têm medo de fazer o teste, de perder família,amigos,emprego’,diz especialista
RIO - “O preço do pecado é a morte”. O estudante Max Goudar, de 24 anos, não conseguia acreditar na frase que ouviu, quando soube que era portador do HIV e cobrou explicações do namorado, com quem crê ter se contaminado. Evangélico praticante, sentiu ainda mais o peso da sentença condenatória.
Mais de 30 anos depois do surgimento da
Aids, os homens que fazem sexo com homens continuam sendo a parcela mais
vulnerável da população brasileira (e de muitos outros países) à infecção. A
prevalência do vírus entre gays é de 10% a 15%, segundo levantamentos, enquanto
que, na população em geral, é de 0,6%. Especialistas ouvidos pelo GLOBO são
unânimes em afirmar: o preconceito e a discriminação são os maiores
responsáveis por essa situação. A recente onda conservadora e homofóbica só faz
agravar o problema.