CÂMARA MUNICIPAL DE SARANDI - PR

CÂMARA MUNICIPAL DE SARANDI - PR
Avenida Maringá, 660 - Sarandi - Pr - Cel: (44) 9716 - 5777 - E-mail: vereadornelsonlima@gmail.com

Ex-governador de Roraima (PSDB), recebeu propina de uma empresa dos EUA.

12 de dezembro de 2014

Uma empresa americana de manutenção de motores de aeronaves admitiu à Justiça dos Estados Unidos que pagou propina a dois oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) e a um funcionário do gabinete do ex-governador de Roraima José de Anchieta Júnior (PSDB). Um comunicado do Departamento de Justiça dos EUA publicado nesta quarta-feira (10) informa que a Dallas Airmotive pagará US$ 14 milhões de sanção penal por descumprir a lei que pune empresas do país que praticam corrupção no exterior.  
Procurada, a FAB disse que soube do caso pela imprensa e que abriu processo para apurar os fatos. José de Anchieta Júnior disse que se informará sobre o assunto antes de se pronunciar. Em nota, a Dallas Airmotive confirmou o pagamento de suborno e atribuiu as ilegalidades a funcionários que já estão fora da empresa.
Datalhe de documento apresentado à corte federal do Texas sobre pagamento de propina da Dallas Airmotive a autoridades Brasileiras (Foto: Reprodução)
Detalhe de documento entregue à corte do Texas
sobre pagamento de propina à autoridades
brasileiras (Foto: Reprodução)
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a Dallas detalhou que, entre 2008 e 2012, subornou funcionários da FAB e do gabinete do governo estadual de Roraima, na época sob administração de José de Anchieta Júnior.
Entre os mecanismos usados pela empresa para o pagamento da propina estavam acordos com empresas de fachada, pagamentos a terceiros e oferecimento de presentes aos funcionários, como pagamento de viagens de férias, diz o comunicado, que não cita os nomes dos envolvidos .

O processo apresenta também trocas de e-mails que teriam indícios de pagamento de propinas. Em deles, um dos militares escreve a um agente de vendas da empresa americana. "Envio as informações da companhia, não se preocupe. A companhia aqui no Rio mostra o meu nome como sócio e por isso eu não poderia fazer negócios com você, o TCU [Tribunal de Contas da União] não permite (risos)", diz a mensagem eletrônica.

Ainda de acordo com o documento, um escritório da Dallas Airmotive em Belo Horizonte (MG) realizava os contratos de serviços da empresa com clientes comerciais e governos da América Latina. A filial brasileira foi procurada, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.

 

VEREADOR NELSON LIMA

VEREADOR NELSON LIMA

PUBLICIDADE

CONTADOR GERAL